APOLOGIA À MULHER SERTANEJA
Homenagem a "Zabé da Loca"...
Mulher, Maria, mulher!
Toda mulher é Maria e toda Maria é mulher.
Maria Mãe de Jesus, Maria cheia de graças,
Maria que és mulher.
Quando um filho chora a dor, a mãe logo aparece,
E quando a fome castiga o bebê chora e padece,
Maria, cansada e fraca, seu peito murcho oferece.
O sol a pino lhe queima a pele já bronzeada,
Coloca o chapéu na cabeça e enrola a mão calejada,
Se orgulha de ser nordestina,
De ter a pureza menina,
E de nunca ter sido mimada.
Vemos seu corpo adiante,
Cansado, porém, vibrante.
Vemos seus pés latejantes,
Rachados, porém importantes,
Na luta que todo o dia faz o seu ser exultante.
Enquanto trabalha pesado,
Espantando as tristezas,
Sentindo do vento a leveza,
Ganha de Deus um legado: ser a mãe de Jesus Cristo.
E o homem nordestino, na sua infinita pureza,
Deus o abençoou e disse: essa é a tua riqueza.
Vemos a lua e as estrelas,
E o sol no seu raiar,
E nas flores se abrindo,
Vemos Maria a cantar,
Vemos seu rosto sorrindo,
Vemos suas mãos afagar.
Mulher, Maria, Mulher,
És da alma a pureza,
És o nosso bem-me-quer.
És da vida a natureza,
És do nordeste a beleza,
É assim que Deus te quer.
João Coutinho de Amorim.
Comentários
Postar um comentário