A PRAIA DE PITIMBU
É um lugar tranqüilo, cheio de muitos coqueiros,
Ao longe vemos pontais pequenas baías formando,
E um vento que vem do sul, soprando muito ligeiro,
De espumantes pontos brancos aquele mar vai pintando.
Acompanhando o balançar daquelas ondas quebrantes,
Pescadores lançam a rede para a pesca do arrastão,
Que amarrada nas bordas com grandes e fortes tirantes,
São lentamente puxadas numa dança de exaustão.
Algumas aves marinhas sobrevoam o quebra-mar,
Procurando, com sucesso, num plainar bem sossegado,
Os peixes ali deixados sem respeito ao procriar,
Pois o pescador não sabe o valor desperdiçado.
Nas noites de lua cheia o oceano é tingido,
Por uma luz cor forte derramada lá do céu,
Pois o astro no horizonte é um disco alaranjado,
Colorindo as nuvens brancas como um grande fogaréu.
Uma cidade simples com gente simples habitando,
Podemos até sentir o abraço amigo, sincero.
Se pudesse ali morava pra saúde ir respirando,
Apagando, de mansinho, da metrópole o ar severo.
Ficar ali respirando, às tardes, as brisas do sul,
Vendo o singrar gracioso das jangadas bem ligeiras,
O jangadeiro a olhar do firmamento o azul,
É mesmo benção divina essas tardes meiguiceiras.
Vamos Pitimbu! Mostra essa beleza ao universo!
Não podes ficar premida em tuas falésias costeiras,
Grita aos povos e ao teu povo o desejo do reverso,
Assim, acabarás conquistando as posições altaneiras.
João Coutinho de Amorim.
(abril/2002)
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