PÁSCOA, solidariedade no amor de Deus.
Falamos muito em renascer em Cristo. Falamos
muito no sacrifício extremo do filho de Deus para salvar a humanidade. Falamos
muito em comemorar o dia de sua ressurreição: a redenção dos homens, a nova
oportunidade de começar uma nova vida; o acordar para um novo momento; a
mudança de vida para aqueles que não a tem, para a explosão da água viva: os
ensinamentos de Jesus! Os seus exemplos, as suas parábolas. Está tudo ali, na
bíblia, o livro mais comentado entre nós, os cristãos. Mas, será o mais lido
entre nós que nos proclamamos continuadores ou seguidores de sua obra?
Deixo
esta pergunta para que cale mais fundo no interior de cada um de nós.
E a nossa páscoa, com vai? Temos procurado
renascer, com a solidariedade; temos procurado renascer com o conhecimento
claro e profundo da existência de um Deus que derrama seu amor, a cada segundo
de nossas pequenas vidas, para que renasçamos em amor a Ele e ao nosso próximo,
que está tão próximo e quase não conseguimos enxergá-lo ou mesmo tocá-lo.
É
preciso que preguemos o amor, mas se faz necessário, ainda mais, que o
pratiquemos em toda sua plenitude: abraçar o irmão; compreendê-lo, ajudá-lo
quando mais necessita de ajuda; orientá-lo quando o vemos perdido, desorientado;
acolhê-lo quando está desamparado, à margem do processo social, e longe do
convívio de Deus; alimentá-lo quando a fome já o deixa sem ânimo para a vida;
levá-lo à Luz, quando a cegueira da ambição já não deixa enxergar caminhos que
o levariam à uma vida de amor e paz.
Enfim, levá-lo pela mão, se necessário, à páscoa do
Senhor: a luz que nos é trazida pela sua ressurreição e que nos guiará,
certamente, a um mundo melhor e mais justo, com o amor de Deus.
João Coutinho de Amorim
(25/03/2007)
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