RETRATO FALADO




RETRATO FALADO
                
Limoeiro,  Estado de Pernambuco, seu município natal,
Bem pertinho de Recife, cidade de grande vulto,
Nasceu no vilarejo do Cedro, uma vila ao natural,
Mas, para conhecer o mundo não precisou de indulto.

Quem será este sujeito, que a besta se meteu,
A publicar na internet  parte dos seus rabiscos,
Certamente é presunçoso, ou então enloqueceu,
Como a explosão do trovão que de lá sai o corisco.

Entrou para o seminário, quem sabe, pra ser vigário,
Mas, certamente,  este não era  do seu perfil o feitio,
Só pensava  em se casar, deixar de lado o rosário,
Pois namorar se transformou em seu  maior desafio.

Como diz o bom matuto, se formou e é letrado,
E todo mundo dizia: rapaz novo e já é um contador!
Foi pro Banco  do Nordeste, em Bezerros era a cidade,
Ali chegando, logo a seguir,em dois colégios foi professor

Ensinou contabilidade,  da  bancária e até a geral,
Também técnicas comerciais, mostrando pros estudantes,
Que estudar é um alento  e aprender nunca fez mal,
Quem estuda sempre tem seus momentos retumbantes.

Gostava de jogar vôlei, basquete e até handebol,
Foi ao campo esportivo com os jovens praticar,
Um handebol competente e um melhor voleibol,
Lá no colégio das freiras, coisa boa de falar.

Depois, a um chamado, para funções assumir,
Junto ao Banco que escolheu para seguir profissão,
Pousou em muitas cidades, sem deixar de persistir,
De lugarejo, em lugarejo, até chegar ao sertão.

Andando pelo nordeste, conheceu o nordestino,
E em todos seus escritos, sejam bons, sejam ruins,
Se faz presente este homem, como coisa do divino,
E por aquele ser valente, tem  paixões e afins.
 
Hoje é  aposentado, e nas pastorais engajado,
E agora já conhecem desse mistério, um pouquinho,
Às vezes ele é eloqüente e muitas vezes encabulado,
Tem uma linda família e só o chamam de Coutinho.

João Coutinho de Amorim.
(10/02/2006)

Comentários